A marcha comemorativa da independência polaca, realizada em Varsóvia no passado dia 11 de Novembro, organizada por grupos de extrema-direita, juntou cerca de 60 000 pessoas, entre as quais nacionalistas extremistas polacos, mas também representantes de grupos fascistas italianos, húngaros e eslovacos, unidos sob o mote “Queremos Deus”, expressão de uma antiga canção religiosa polaca. As palavras de ordem revelaram-se, de forma bastante explícita, racistas e xenófobas, apelando ao renascimento de uma “Europa branca”. O facto de terem estado também presentes cidadãos com pouca ou nenhuma afiliação a grupos nacionalistas ou de extrema-direita é bastante significativo. Haverá uma aceitação tácita do discurso nacionalista radical? Ter-se-ão os cidadãos polacos sentido representados naquelas faixas e bandeiras?